quarta-feira, 16 de junho de 2010

Vai Brasil!

Olha, dia de jogo é uma coisa bonita de ver. Todo mundo fica feliz, se ajunta pra torcer pelo Brasil, faz pipoca, compra TV, coloca uma coisinha ou outra verde e amarela e é só gritaria. As tais das vuvuzelas soam desde cedo até tarde da noite. Antes durante e depois do jogo. Queria ver essa torcida no dia das eleições em que coisas realmente importantes estarão em jogo e, o pior, os jogadores são doutores na arte de enrolar e ludibriar. O time dos corruptos se posiciona no campo contra o time dos ladrões. O jogo é sujo. E a gente até já sabe o resultado: 10 a 0 pro descaso. Afinal de contas estamos rumo ao Hexa na Copa dos trapaceiros. Vai Brasil!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Anúncio!

Sou mestranda!
Oh yeah!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Olhos fixos!

Ilustres leitores (aqui lê-se familiares) Aqui vai um post fresquinho,já vou avisando que julgamentos sobre o fato de eu ser mega assídua serão ignorados de maneira veemente. Bom, estava mexendo em coisas antigas da faculdade, descobri uns textos. Eu estava numa fase meio 100% melancolia. Já avisei que julgamentos são mal vindos.
XOXO

Olhos fixos

Olhos fixos de quem está presente apenas no físico, lábios comprimidos revelando a dor de uma vida, homem triste, desolado, maltratado pelo destino. A morte o assutava e perturbava, mas o esse medo não se comparava ao da morte da esperança que agora era anunciada por um plantonista sem nome, palavras distantes, distorcidas e incompreensíveis. Crânio, fratura e coma destacavam-se do discurso verborrágico. As palavras pareciam sobrar.
"Oiê, como você tá hoje?" perguntou sem esperar resposta, "Parece mais corada, meu dia foi longo, ah, me lembrei de você , no metrô me deram um panfleto, está tendo uma exposição em homenagem ao Erico Veríssimo no Memorial, acho que você ia amar", silêncio.
O quarto branco como o cal não acolhia, só se misturava com o mar formado por jalecos imaculados de médicos e enfermeiras, tão branco que denunciava sorrisos amarelados.
Ao longo dos anos o "oiê" perde o sentido, o abismo que é estar entre viver e morrer separa os amantes e a presença corpórea não é capaz de substituir o espírito.
No outono, o olhar fixo volta e a incerteza dá lugar à certeza. "Fizemos tudo que estava ao nosso alcance, mas sua esposa não resistiu, sentimos muito", lágrimas brotam dos olhos do homem triste, desolado, maltratado pelo destino.

Fim

ps.: Ouça "Sara Bareilles -Between the lines" como trilha sonora triste e boas lágrimas.